Notícias 09/08/2017

Sinttel discute a Reforma da Previdência com trabalhadores e dirigentes sindicais

 

 

Foi realizado ontem (08), no auditório Damário Dacruz, Sede do Sinttel Bahia, o debate sobre a Reforma da Previdência. A mesa de discussões foi composta pelo presidente do Sindicato dos Bancários, Augusto Vasconcelos, pelo diretor executivo do PSOL, Hamilton Assis, e pela diretora de mulheres da CUT Bahia, Lucíola Semião, além do presidente da Central, Cedro Silva.

A plateia formada por trabalhadores telefônicos e por dirigentes sindicais, ouviu atenta os principais pontos da reforma, onde serão sentidas as perdas sofridas pela população com a reforma. Dentre os principais prejuízos estão o aumento do tempo de contribuição para mulheres e trabalhadores rurais e a alteração dos critérios para aposentadoria especial.

Em sua abordagem, Augusto Vasconcelos deixou nítido os principais objetivos do atual Governo com as reformas impopulares. “As reformas como um todo visam unicamente dar garantia ao mercado financeiro de que o Estado terá pouca interferência em suas ações empresariais, mas que haverá o máximo de dinheiro em caixa para ajudá-los quando necessário”, disse Augusto, afirmando que o discurso do déficit da previdência trata-se de uma “maquiagem contábil”.

Enfatizando a necessidade da participação popular como forma de barras as ações  empresariais e governamentais, Augusto fez uma espécie de convocação para  a plateia e para os internautas que estavam assistindo o debate através da transmissão ao vivo feita pela fanpage do Sinttel. “Precisamos fazer a luta das massas junto com os movimentos populares; a luta de ideais, porque a sociedade precisa saber a nossa opinião; e a luta no parlamento, elegendo os nossos representantes, lideranças nossas oriundas do movimento sindical. Precisamos  do povo nas ruas para lutar a favor dos interesses de todos”, disse.

Em concordância com a fala de Augusto, o pedagogo Hamilton Assis, disse em sua apresentação que “Precisamos pensar no empoderamento da classe trabalhadora para além das eleições. É na luta que a classe trabalhadora vai formatando a sua consciência de classes”.

Lucíola Semião convocou as mulheres para luta, afirmando que a alteração do tempo de contribuição das mulheres para ter direito à aposentadoria é um afronte à luta histórica do gênero e do movimento sindical. “Um governo que não possui uma única mulher em seu ministério não tem legitimidade para discutir qualquer assunto pertinente ao gênero. Precisamos ir as ruas lutar pela manutenção dos direitos que temos e conquistar ainda mais”, finalizou Lucíola.

O presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, parabenizou o Sinttel Bahia pela iniciativa e convocou os trabalhadores para a luta. “Parabéns ao Sinttel pela iniciativa e esperamos contar com a participação massiva dos trabalhadores nas ruas. Não podemos retroagir ainda mais em nosso direitos”. 

No final do debate, alguns trabalhadores receberam exemplares do livro Registro de uma luta por anistia, catalogado pelo dirigente sindical Orlando Helber

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