Notícias 20/02/2014

Sinttel participa de seminário sobre a Previdência

 

Representado pelos dirigentes sindicais, Sandra Dias, Tereza Bandeira, Edla Rios e  Luís Divino, o Sinttel participou do Seminário Estadual “ Reforma da Previdência e os Impactos na vida do Trabalhador”, promovido pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do  Brasil (CTB), nos dias 15 e 16 de setembro.

Participaram da mesa o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo; a candidata a prefeita de Salvador, Alice Portugal; a secretária de formação da CTB, Inalba Fontelle, Haroldo Lima, o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira  e o especialista em Previdência, Vilson Antônio.

No seminário foram discutidos os impactos que essa reforma previdenciária proposta pelo Governo Temer arbitrária acarretará aos trabalhadores.   “O governo, com o apoio da mídia golpista, justifica essa reforma alegando déficit de recurso, mas estamos cientes de que o objetivo é a retirada de direitos e não estamos distraídos”, alertou Adilson Araújo.

O ataque ás mulheres com o aumento no tempo de serviço também foi um tema bastante destacado, assim como o esclarecimento orçamentário do setor previdenciário, no qual foi explicado que a Previdência é um regime que garante direitos e benefícios ao trabalhador por isso não pode ter o seu orçamento ameaçado por corrupção, pejotizações e roubos.

“O evento teve como motivação principal o alerta às centrais sindicais sobre a importância de informar a classe trabalhadora e à sociedade sobre essas mudanças que além de afetarem  a economia do país, afetam diretamente o bolso, a saúde e a vida do trabalhador. Portanto é preciso estar atento, participar das audiências públicas –  que em Salvador acontecem em 04 de outubro -  e fazer parte dos atos de mobilizações”, disse Sandra Dias, dirigente do Sinttel Bahia.  

Após o evento, Adilson Araújo (AA) concedeu uma entrevista ao Sinttel e respondeu os questionamentos sobre os seguintes temas.

Alerta à população

AA - O entendimento da presidenta Dilma revela que, por trás do golpe, se esconde a intenção de implantar uma agenda ultraliberal. O recurso evidentemente a partir do resultado eleitoral foi fazer coro com aqueles que advogam com o encerramento de um ciclo mudancista que melhorou a autoestima do nosso povo, que propiciou a conquista da valorização da política do salário mínimo, que planificou uma estrutura que teve rebatimento direto nas conquistas no plano social, com o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, que têm uma importância para esse país que padeceu de um atraso secular. O Brasil é uma nação que viveu por mais de três séculos sob o domínio da escravidão. Penso que a transição política apontou uma nova perspectiva.

A verdade é que esse ciclo se encerra e a classe trabalhadora passa a verificar que o intento golpista se volta contra o interesse da sociedade, sobretudo, com as propostas que sugerem as mudanças na Previdência Pública e alterações na CLT.

Mudanças Arbitrárias

AA- O governo foi incisivo em reafirmar que irá tomar medidas impopulares. A informação é reforçada mais ainda pelo Ministro da Fazenda que disse que o curso da Constituição Federal, constituição cidadã de 1988, não cabe no orçamento, então eles querem ampliar o tempo de contribuição conduzindo homens e mulheres à condição de somente reunir possibilidade de aposentadoria a partir dos 70 anos, bem como pretende implementar a terceirização de forma irrefreável, tanto atingindo as áreas fins como as áreas meio, como instituiu o chamado negociado sobre o legislado. Isso tudo se volta a partir de como o setor empresarial acredita que pode modernizar as ações de trabalho. O que sugere negociar direitos consagrados como décimo terceiro, licença maternidade, férias, seguro desemprego, benefícios que do ponto de vista das recentes conquistas sociais, essa cesta básica de direitos, conquistas as quais o trabalhador não tinha motivo nenhum para abrir mão. Então as medidas levam ao retorno de um passado obscuro, no qual a prevalência de um político neoliberal levou o país a uma rendição aos interesses do capital externo, sobretudo aos EUA. É uma condição de rendição no qual o custo do golpe vai se tornar muito caro.

Momento de União

 AA- A classe trabalhadora e as centrais sindicais vão se unir, este é um fator estratégico. As conquistas que resultaram nesse extrato que permitiu uma política de valorização de salário mínimo que tem rebatimento direto na vida de milhares de munícipios do Brasil e que sustenta milhões de famílias e colocou o Brasil num patamar de uma nação de quase pleno emprego está sob ameaça. É por isso que nós reivindicamos que a partir do exercício do debate que se realiza no fórum das centrais sindicais, compreendendo a importância que foi da realização do conclave em junho de 2010, que garantiu mais uma vez a quarta vitória do povo brasileiro para que a gente não se perca e continue a percorrer o caminho em defesa da democracia pelo reestabelecimento do estado democrático de direito. Nenhum direito a menos! Fora Temer!

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